Movimento reforça aposta da ServiceNow em segurança cibernética, integrando soluções avançadas de gestão de ativos conectados.
A ServiceNow estará em negociações avançadas para adquirir a Armis, empresa especializada em cibersegurança focada na proteção de dispositivos e ativos não geridos, numa operação avaliada em cerca de 7 mil milhões de dólares, segundo fontes próximas do processo. A notícia foi mal recebida pelo mercado, com as ações da ServiceNow a caírem aproximadamente 5,5% nas negociações pré-mercado.
A Armis é reconhecida pela sua tecnologia de asset intelligence e segurança para ambientes híbridos, incluindo dispositivos IoT, OT, cloud e sistemas legados — áreas cada vez mais críticas para grandes organizações e infraestruturas essenciais. A empresa tem vindo a crescer rapidamente, impulsionada pelo aumento dos riscos de segurança associados à digitalização industrial, à proliferação de dispositivos conectados e à expansão da superfície de ataque nas empresas.
Valor estratégico da aquisição para a ServiceNow
Caso se concretize, a aquisição permitiria à ServiceNow reforçar significativamente a sua plataforma de workflows digitais com capacidades nativas de cibersegurança, integrando visibilidade contínua de ativos, deteção de riscos e resposta a incidentes diretamente nos processos operacionais das empresas. Na prática, a ServiceNow passaria a ligar segurança, operações de IT e gestão de risco numa única plataforma, aumentando o valor da sua oferta para grandes clientes empresariais.
A integração da Armis também fortaleceria a estratégia da ServiceNow em IT Operations Management (ITOM), Risk & Security Operations e automação empresarial, áreas onde os clientes procuram cada vez mais soluções unificadas em vez de ferramentas isoladas.
Reação do mercado e preocupações
A queda das ações reflete receios de curto prazo relacionados com o preço elevado da aquisição, potencial impacto na margem e risco de integração. No entanto, analistas sublinham que, do ponto de vista estratégico, o negócio poderá acelerar o crescimento de receitas recorrentes, aumentar o “lock-in” de clientes e posicionar a ServiceNow como uma plataforma central também no domínio da segurança empresarial.
Até ao momento, nenhuma das empresas confirmou oficialmente os termos do acordo, e as negociações poderão ainda não resultar numa transação final.

