A decisão dividiu o comité monetário, com cinco membros a favor de manter e quatro a defender uma descida. O banco central opta por prudência, enquanto a inflação continua acima da meta de 2%.
O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, manter a sua taxa de juro de referência em 4,0%, numa decisão muito equilibrada e que reflete as incertezas quanto à evolução da inflação e da economia britânica.
A taxa de 4,0% permanece assim no nível mais elevado desde 2008, sinalizando que o banco central ainda considera a inflação persistente, embora a tendência de queda nos preços e o abrandamento económico estejam a reforçar as expectativas de um primeiro corte em dezembro.
Destaques da decisão:
Votação: 5 membros a favor de manter, 4 a favor de cortar 0,25 pontos percentuais.
Taxa de juro mantida: 4,0% (sem alterações).
Inflação atual: cerca de 3,8%, ainda acima da meta oficial de 2%.
Economia britânica: crescimento fraco, com sinais de desaceleração no consumo e no setor imobiliário.
Próximo passo: o banco admite que um corte poderá ser apropriado na reunião de dezembro, se a inflação continuar a abrandar.
O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, afirmou que a decisão “reflete um equilíbrio delicado entre garantir que a inflação regressa de forma sustentada ao objetivo e evitar apertar demasiado as condições financeiras”.
Bailey acrescentou que “as pressões sobre os preços estão a diminuir, mas é demasiado cedo para declarar vitória”.
Em suma, a manutenção da taxa segue uma tendência semelhante à do Banco Central Europeu (BCE), que também manteve as suas taxas inalteradas recentemente. Tanto o BoE como o BCE enfrentam o mesmo dilema: inflação a recuar, mas ainda acima do alvo, e uma economia enfraquecida por meses de juros elevados.
