Receitas da Boeing superam estimativas, mas EPS negativo reflete desafios nos programas das aeronaves.
A Boeing ($BA) publicou os resultados do terceiro trimestre de 2025, mostrando uma mistura de sinais positivos e fortes desafios. As receitas do trimestre atingiram 23,27 mil milhões de dólares, superando as estimativas do mercado.
Contudo, o lucro por ação ajustado (EPS) registou uma perda de ‑7,47 dólares, mais negativa do que muitos analistas esperavam.
Destaques operacionais e financeiros adicionais incluem:
A unidade de Aviação Comercial (“Commercial Airplanes”) registou receitas de 11,094 mil milhões de dólares, um aumento de 49% face ao ano anterior, impulsionado por 160 entregas de aeronaves, o valor mais elevado desde 2018.
A produção do modelo 737 foi estabilizada em 38 aviões por mês, com acordo conjunto com a Federal Aviation Administration (FAA) para aumentar para 42 por mês.
A empresa assumiu um encargo pré‑imposto de cerca de 4,9 mil milhões de dólares relativo ao atraso no programa 777X, que impactou de forma significativa o resultado.
O ‘backlog’ total da Boeing alcançou cerca de 636 mil milhões de dólares, incluindo mais de 5 900 aviões comerciais encomendados.
Os resultados mostram que a Boeing está a recuperar em termos de volume e receitas, especialmente no segmento de aviões comerciais, o que é um bom sinal. Por outro lado, os encargos elevados, nomeadamente o atraso no programa 777X, continuam a pesar e impedem que o desempenho se traduza em lucros.
Para investidores, isto significa que há oportunidades no crescimento da atividade, mas que os riscos continuam elevados até que os programas mais críticos sejam concluídos e que a empresa stabilize as margens.
