Receita cresce, enquanto EPS recua devido a custos adicionais de US$ 600 milhões, queda de 26% nos lucros e redução acentuada nas vendas de tratores.
A Deere registou receita de US$ 10,58 mil milhões, um crescimento de 14% YoY, batendo os US$ 9,81 mil milhões estimados. O lucro ajustado por ação (EPS) desceu 14% YoY, ficando em US$ 3,93, ainda acima dos US$ 3,81 previstos pelo mercado. O lucro líquido foi de US$ 1,065 mil milhões (+2% YoY).
• Margem operacional: 12,2%, estável face ao ano anterior
• Guidance: Para o exercício de 2026, a empresa projeta remessas recorde de equipamentos agrícolas (US$ 25 mil milhões, +150% YoY) e receita de US$ 111,7 mil milhões (+17%).
Destaques por segmento:
• Production & Precision Agriculture: US$ 4,74 mil milhões (+10% YoY); Margem operacional de 12,7% (+17% YoY)
• Small Agriculture & Turf: US$ 2,46 mil milhões (+7% YoY); Margem operacional de 1% (-90% YoY)
• Construction & Forestry: US$ 3,38 mil milhões (+27% YoY); Margem operacional de 10,3% (+16% YoY)
• Serviços financeiros: Lucro de US$ 293 milhões (+69% YoY)
Impacto das tarifas e medidas de gestão:
• Custos adicionais causados pelas tarifas: US$ 600 milhões em 2025
• Queda de 26% nos lucros, fortemente impactada por tarifas, custos de produção e procura agrícola debilitada
• Redução de 15 a 20% nas vendas de tratores, reflexo da pressão sobre agricultores e necessidade de ajustar produção
• 238 demissões em fábricas do Centro-Oeste americano, parte do esforço de ajuste operacional diante do contexto adverso
O CEO John May destacou:
“Apesar dos desafios do setor em 2025, a empresa mantém o compromisso com a transformação digital, automação e maior eficiência operacional.”
A Deere reafirma capacidade de adaptação face ao contexto de tarifas e custos, mantendo a liderança em soluções tecnológicas para o setor agrícola e industrial, e ajustando operações para garantir competitividade e sustentabilidade nos próximos exercícios.

