Decisão de Washington flexibiliza as restrições tecnológicas, permitindo à Nvidia e a outras fabricantes americanas retomar vendas estratégicas à China num mercado crucial para a IA.
Os Estados Unidos vão permitir que a Nvidia volte a exportar o chip avançado H200 para a China, num sinal de flexibilização parcial das restrições que, desde 2022, limitavam fortemente o acesso chinês a hardware de inteligência artificial. A decisão representa uma mudança importante: Washington parece estar a transitar de uma política de bloqueio rígido para um modelo de “acesso controlado”.
A permissão para exportar o H200, um dos chips mais poderosos da Nvidia para treinar e executar modelos de IA, indica que a Casa Branca está disposta a ajustar as regras para evitar prejuízos excessivos às empresas norte-americanas, mantendo ao mesmo tempo a supervisão estratégica sobre tecnologias sensíveis.
Para a Nvidia, o impacto é imediato:
Aumenta o volume endereçável de vendas, num mercado onde a procura por chips de IA continua explosiva.
Recupera receitas perdidas após a proibição inicial, que atingiu de forma significativa as vendas na Ásia.
Reforça a sua liderança global, já que mesmo um acesso limitado permite consolidar relações comerciais com os maiores players tecnológicos chineses.
Um alívio na “Guerra Fria da IA”
Embora a rivalidade geopolítica entre EUA e China se mantenha, esta decisão representa uma desescalada moderada na disputa tecnológica. Em vez de uma separação total, Washington parece optar por um caminho intermédio: permitir exportações, mas sob regras específicas que preservem a supremacia tecnológica americana.
A medida:
reduz tensões,
evita o isolamento comercial das empresas dos EUA,
e, ao mesmo tempo, mantém salvaguardas sobre tecnologias sensíveis.
Depois de dois anos de restrições agressivas, o sector vê esta mudança como o início de um possível reequilíbrio.
Apertem os cintos: o regresso ao mercado chinês pode ser mais rápido do que o esperado.

