J.Powell PPI
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Dados mistos reforçam expectativas de cortes nas taxas da Fed, mas levantam dúvidas sobre a força do consumo.

A inflação subjacente ao produtor (Core PPI) nos Estados Unidos, que exclui componentes voláteis como energia e alimentos, abrandou para 2,6%, ficando abaixo da expectativa de 2,7%.

Este abrandamento indica que as pressões inflacionistas estão a arrefecer no núcleo da economia, precisamente na parte mais observada pela Reserva Federal (Fed) para avaliar tendências de médio prazo.

A Fed tem dito repetidamente que precisa de “provas claras” de que a inflação está sob controlo. Este dado vai exatamente nesse sentido e aumenta a probabilidade de cortes de juros em 2026, caso o ritmo de desinflação se mantenha.


Vendas a retalho desapontam:

As vendas a retalho em setembro cresceram apenas 0,2%, abaixo dos 0,4% estimados pelos economistas.

Isto sugere que o consumidor americano, até agora o grande motor da economia, pode estar a entrar numa fase de maior prudência, pressionado por:

  • taxas de juro altas

  • crédito mais caro

  • arrefecimento do mercado laboral

  • perda de poder de compra acumulada


O consumo representa mais de 2/3 do PIB dos EUA, pelo que dados fracos neste segmento geram preocupação sobre o ritmo de crescimento económico nos próximos meses.


O que significa para a economia?

A queda da inflação subjacente indica que as pressões inflacionistas estão a abrandar, enquanto as vendas a retalho mais fracas mostram sinais de fadiga no consumo. A combinação destes dados reduz a pressão sobre a Fed para manter taxas elevadas e reforça a possibilidade de cortes de juros já na próxima reunião.

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