A gigante das redes sociais poderá transferir parte do seu investimento em GPUs da Nvidia para os chips de IA do Google já a partir de 2027.
A Meta, encontra-se em negociações avançadas com a Alphabet ($GOOGL) para utilizar as suas TPUs (Tensor Processing Units) em data centers a partir de 2027.
Esta possível mudança representa uma jogada estratégica de grande alcance, com potencial para reduzir a dependência da Meta da Nvidia ($NVDA), fornecedora dominante de GPUs para inteligência artificial.
No pré-mercado, a ação da Nvidia caiu cerca de 3,5%, enquanto a Alphabet subiu na ordem de 3,5%, refletindo a perceção do mercado sobre o impacto da notícia.
Por que as TPUs?
O Google destaca várias vantagens das suas TPUs em comparação com as GPUs da Nvidia:
Mais económicas, permitindo reduzir custos de hardware;
Mais facilmente disponíveis, num contexto em que a Nvidia ainda enfrenta limitações de oferta;
Maior compatibilidade com requisitos de segurança de grandes empresas;
Totalmente integradas no ecossistema do Google Cloud, simplificando operações e manutenção.
A Alphabet ambiciona capturar até 10% da receita da Nvidia no segmento de IA através desta atividade, mostrando que a competição pelo hardware de inteligência artificial é cada vez mais intensa.
Contexto estratégico da Meta:
Desde 2022, a Meta tem sido uma das maiores clientes da Nvidia, acumulando dezenas de milhares de GPUs para treinar os seus modelos internos, como o LLaMA, utilizados por mais de 3 mil milhões de pessoas diariamente.
Em 2025, a Meta anunciou um plano de investimento de US$ 600 mil milhões em três anos, incluindo:
novos centros de dados especializados em IA;
expansão da infraestrutura de alto desempenho;
aumento do poder de cálculo dos seus modelos internos.
Diversificar fornecedores torna-se um imperativo estratégico para evitar a dependência total da Nvidia e garantir acesso contínuo a hardware crítico. As TPUs do Google surgem como a primeira alternativa credível, com potencial para mudar o equilíbrio de poder no mercado de IA.
O impacto no mercado:
A Meta poderá transferir parte dos seus investimentos em hardware da Nvidia para o Google;
As TPUs reforçam a posição do Google como concorrente direto no setor de semicondutores;
O mercado de IA vê-se agora mais dinâmico, com o equilíbrio de poder entre fornecedores de hardware a evoluir rapidamente;
A Nvidia enfrenta pressão sobre preços e procura, enquanto o Google ganha terreno com soluções integradas.
A batalha pelo hardware de IA é tão estratégica quanto a corrida pelos modelos de inteligência artificial, e os próximos anos poderão redefinir a hierarquia no setor tecnológico global.
