Uma semana carregada de indicadores-chave que promete agitar os mercados e definir expectativas sobre futuros cortes de juros pela Reserva Federal.
Os mercados enfrentam uma semana repleta de indicadores económicos cruciais, com potencial para desencadear forte volatilidade nas bolsas, obrigações e dólar. A política monetária da Reserva Federal estará no foco, especialmente com novos dados de inflação, emprego e atividade económica.
Segunda-feira: discurso de Powell e dados industriais
A semana começa com atenções viradas para Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, cujo discurso poderá oferecer pistas sobre futuros cortes de juros.
Além disso, chegam os dados do PMI e do ISM Manufacturing, indicadores importantes para avaliar a saúde do setor industrial, numa altura em que o crescimento mostra sinais mistos.
Terça-feira: Relatório JOLTS (radiografia do mercado laboral)
Será divulgado o relatório JOLTS, que mede as aberturas de vagas de emprego nos EUA. Este dado é essencial para perceber se o mercado laboral, um dos pilares da economia americana, continua robusto ou começa a perder força.
Quarta-feira: emprego privado e serviços em destaque
A meio da semana chegam dois dados que os investidores seguem de perto:
ADP Employment, que mede o emprego no setor privado;
PMI Services e ISM Non-Manufacturing, fundamentais para avaliar o setor de serviços, que representa mais de 70% da economia dos EUA.
Uma desaceleração poderá reforçar a narrativa de abrandamento económico e, consequentemente, aumentar a probabilidade de cortes de juros.
Quinta-feira: pedidos de subsídio de desemprego e balança comercial
Serão divulgados os Initial Jobless Claims, que ajudam a medir pressões no mercado de trabalho.
Também chega o défice comercial dos EUA, indicador relevante para avaliar a atividade económica e o ritmo das exportações/importações.
Sexta-feira: o dado mais importante da semana: PCE
A semana termina com a divulgação do PCE de setembro, o indicador de inflação preferido da Reserva Federal.
É este número que mais pode mexer com expectativas de política monetária:
Se vier abaixo do esperado, reforça as hipóteses de cortes de juros;
Se vier acima, poderá reacender receios de inflação persistente.
Também será publicado o Consumer Sentiment, que mede a confiança dos consumidores.

