Após quase 40 dias de bloqueio orçamental, o Senado norte-americano aprovou um projeto de lei para financiar o governo até janeiro de 2026, restaurando a confiança dos investidores e reanimando os mercados internacionais.
Depois de quase 40 dias de paralisação orçamental, a mais longa da história dos Estados Unidos,o Senado norte-americano aprovou um acordo para financiar o governo federal até 30 de janeiro de 2026. O entendimento, alcançado após intensas negociações entre republicanos e democratas moderados, representa um passo decisivo para pôr fim à crise política que vinha a paralisar Washington.
O acordo, no entanto, ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Representantes e assinado pelo Presidente Donald Trump para entrar em vigor. Mesmo assim, a notícia foi recebida com entusiasmo pelos mercados globais, que reagiram de imediato ao sinal de estabilização política e económica.
A paralisação coincidiu com um período de forte incerteza internacional, marcado pelos receios quanto ao impacto da inteligência artificial e pela expectativa em torno da trajetória das taxas de juro nos Estados Unidos. O regresso à normalidade deverá restaurar a confiança dos investidores e permitir a divulgação de importantes estatísticas económicas americanas, como emprego, inflação e vendas a retalho, que estavam suspensas devido ao impasse.
Os primeiros efeitos positivos já se fazem sentir:
Na Ásia, os índices tecnológicos recuperaram terreno: Nikkei +1,3%, Hang Seng +1,4%, KOSPI +3,2% e TAIEX +0,8%.
Na Europa, a tendência foi igualmente positiva: o CAC 40 abriu em alta de +1,1%, o SMI +0,8% e o Bel 20 +0,9%.
Em resumo, os mercados voltam a respirar aliviados e retomam uma trajetória de alta, com especial destaque para as ações tecnológicas. A próxima semana promete ser crucial, à medida que os investidores aguardam a divulgação dos novos dados económicos dos EUA, que poderão influenciar as decisões de política monetária em dezembro.
