Líder chinesa de buscas reporta crescimento sustentado pela divisão de IA e nuvem, enquanto enfrenta pressão no segmento tradicional de publicidade.
A Baidu ($BIDU) anunciou resultados sólidos no terceiro trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado tanto em receita como em lucro por ação. A empresa registou uma receita de 4,38 mil milhões de dólares, ultrapassando a estimativa consensual de 4,35 mil milhões de dólares. No mesmo período, o lucro por ação (EPS) ajustado foi de 1,56 dólares, também acima da projeção de 1,18 dólares. A receita caiu 8% face ao mesmo trimestre do ano anterior, enquanto o EPS recuou 34% YoY, refletindo o desafio de manter a rentabilidade num cenário de forte investimento em tecnologia e pressão no segmento tradicional de publicidade.
Destaques por segmento:
Baidu Core: O segmento Baidu Core, responsável pelos serviços de marketing online, registou uma receita de cerca de 27,7 mil milhões de yuans (aproximadamente 3,9 mil milhões de dólares), com crescimento de 1% YoY.
Marketing online: Apresentou receita de 17,9 mil milhões de yuans, queda de 7% YoY, enquanto o marketing fora do ambiente online gerou 9,8 mil milhões de yuans, crescimento de 18% YoY, impulsionado principalmente pela divisão de inteligência artificial em nuvem.
Plataforma iQIYI: Gerou receita de 6,6 mil milhões de yuans, queda de 14% YoY, refletindo a pressão contínua sobre o segmento de streaming e conteúdo digital.
Apesar dos desafios macroeconómicos e da intensificação da concorrência no setor, a Baidu tem conseguido manter um bom ritmo de inovação e expansão, especialmente em IA generativa, computação em nuvem e mobilidade autónoma. O segmento de publicidade, historicamente responsável por cerca de 60% da receita, registou uma queda anual de 15%, atingindo 16,2 mil milhões de yuans, mas foi parcialmente compensado pelo forte crescimento nas áreas de inteligência artificial e serviços em nuvem.
Conclusão:
Os resultados reforçam o papel da Baidu como líder na transformação digital na China, mostrando capacidade de adaptar o seu modelo de negócio às novas tendências tecnológicas, mesmo num ambiente de crescente competição e desaceleração do consumo doméstico.